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O Inspetor Geral, peça escrita em 1836 por Gogól, fala sobre política, mas ao contrário do que possa supor essa definição não trata-se de um argumento panfletário ou partidário, trata do humano, da natureza corrupta do humano que torna o texto escrito pelo dramaturgo Ucraniano do século XIX atemporal e universal. Em tom satírico a comédia destila críticas, contudo, a peça o faz sem as generalizações banais destes termos, com cenas de muito bom humor e em ótimo ritmo.

O argumento é bastante elementar com a notícia da visita do inspetor geral, supervisor de alto escalão das repartições públicas, a pequena cidade de Bravuska do Sul e seus principais funcionários entram em pânico. O prefeito, o juiz, o diretor dos hospitais, a diretora da escola entre outras figuras públicas confabulam a melhor forma de receber o visitante e dissuadi-lo de qualquer inspeção. Surge aí o aproveitador Khlestakov, malandro viajante equivocadamente tomado por todos como o inspetor geral em pessoa.

Na confusão do papel e das inspeções não faltam situações hilárias de denúncia aos meandros do poder, à corrupção, à delação, à impunidade e aos favores. Adaptada para o teatro de rua pela companhia KHAOS Cênica é ali, na via pública que o trabalho encontra sua força, sua voz, seu eco neste espaço cênico diverso e democrático.

Este Projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013

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